Diversos estudos comprovam que existe uma relação entre alimentação e saúde mental e o que comemos pode fazer uma grande diferença no bem-estar emocional. Uma alimentação balanceada traz inúmeros benefícios para a saúde e engana-se quem pensa que comer de forma saudável influencia apenas na condição física.
A ausência de determinados nutrientes é capaz de aumentar o estresse e o cansaço mental, além de impactar no sono e no humor.
Adotar uma dieta saudável, composta por frutas, verduras, grãos integrais, peixes e carnes magras, laticínios e oleaginosas ajuda a fornecer os nutrientes necessários para que o cérebro funcione adequadamente.
Alimentos como estes ajudam a evitar danos aos neurônios, favorecem a memória e previnem o desenvolvimento de transtornos mentais como depressão, ansiedade e demência.
Por outro lado, uma alimentação rica em produtos industrializados e em ingredientes como açúcar, gordura saturada, sódio e conservantes pode causar ou agravar condições como depressão e ansiedade, além de impactar na fabricação dos neurotransmissores responsáveis por causar sensações de bem-estar e felicidade.
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Alimentação saudável e saúde mental têm tudo a ver, afinal, o intestino e o cérebro trabalham em conjunto para o bem-estar do organismo.
O estômago e o intestino possuem bactérias boas que ajudam o corpo a absorver melhor os nutrientes. Vários deles são importantes para a fabricação de neurotransmissores, os quais são responsáveis pelas nossas emoções.
Quando nos alimentamos mal, com o consumo em excesso de produtos industrializados, frituras e gorduras saturadas, nosso corpo fica sem os nutrientes que fabricam os neurotransmissores. Um importante neurotransmissor para a saúde mental é a serotonina, responsável por controlar o humor.
Então, sintomas como lapsos de memória, irritabilidade, cansaço mental, estresse e baixa disposição podem estar relacionados diretamente com a alimentação. Ainda há estudos que fazem uma ligação entre o alto consumo de açúcar com o aumento da probabilidade de desenvolver transtornos mentais como a depressão.
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Uma alimentação com a quantidade certa de vitaminas, minerais, aminoácidos e gorduras saudáveis pode melhorar as funções cerebrais e a memória e controlar as emoções. Além disso, determinados nutrientes ajudam a evitar o desenvolvimento ou reduzir os efeitos de alguns transtornos psíquicos.
Entre os principais elementos que fazem bem para o cérebro estão o ômega 3, o triptofano, o selênio e as vitaminas do complexo B.
Frutas
Frutas como abacate, banana, limão, mamão, melancia e tangerina são ricas em tripofano, um aminoácido essencial que influencia na produção de serotonina, popularmente conhecido como o hormônio da felicidade.
A laranja e a maçã, por sua vez, contêm ácido fólico, um nutriente que quando está em falta pode causar depressão.
Já o tomate conta com licopeno e fisetina, um nutriente que ajuda na diferenciação das células nervosas, auxiliando na função cognitiva. Essas duas substâncias têm ação antioxidante e anti-inflamatória que melhoram a memória e ajudam a prevenir doenças degenerativas como Alzheimer.
Alimentos ricos em fibras
Nosso intestino possui cerca de 500 milhões de neurônios e é considerado o segundo cérebro, 90% da serotonina descarregada no corpo é fabricada nesse órgão. Por isso, todo grupo de alimentos integrais é muito importante.
O consumo adequado de fibras na alimentação é fundamental para manter a saúde do intestino.
Os alimentos mais ricos em fibras são: farelo de trigo, linhaça, aveia, farinha de centeio, arroz integral, farinha de mandioca, couve, brócolis, caqui e cenoura
Folhas verde-escuras
Hortaliças com folhas verde-escuras, como brócolis, couve, espinafre e salsa, são ricas em ácido fólico, associado ao menor desenvolvimento de sintomas de depressão.
Oleaginosas
Amêndoas, castanhas e nozes são ricas em selênio, um antioxidante que ajuda a reduzir o estresse e contribui para amenizar os sintomas da depressão.
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Chocolate amargo
Além de conter tripofano, o chocolate amargo é rico em flavonoides com ação antioxidante que ajudam a reduzir os danos nas células cerebrais, estimulam a memória e previnem doenças como Alzheimer e Parkinson. Para que traga esses efeitos, o chocolate deve ter pelo menos 70% de cacau em sua composição.
Ovos
Ovos são uma boa fonte de ácido fólico e vitaminas do complexo B, componentes essenciais para o bom funcionamento do cérebro, ajudando a prevenir a depressão e a perda de memória. Eles também contam com a colina, um nutriente envolvido na formação do neurotransmissor acetilcolina, responsável por regular o humor.
Peixes
Peixes como atum, sardinha e salmão são fontes de ômega 3, substância que melhora as respostas cerebrais e ajuda a evitar a depressão.
Probióticos
Alimentos fermentados como kimchi, chucrute, iogurte natural, kefir e kombucha contam com bactérias vivas que beneficiam a flora intestinal e facilitam a produção de hormônios e neurotransmissores, ajudando a controlar o estresse, a ansiedade e a depressão.
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Embora a alimentação exerça uma enorme importância para a saúde mental, ela não deve substituir o tratamento psicológico. A depressão, por exemplo, é uma doença que possui inúmeras causas e por mais que alguns alimentos possam desencadear o problema e ao mesmo tempo, uma alimentação equilibrada ajuda a tratá-la, ela necessita de acompanhamento médico.
Além de comer de forma saudável e buscar ajuda médica, outros hábitos beneficiam a saúde mental. Dormir bem, praticar exercícios físicos, beber bastante água e fazer aquilo que gosta são atitudes que previnem doenças físicas e mentais e ainda auxiliam no tratamento de quem sofre com transtornos emocionais.
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