Você alguma vez já se perguntou se agrotóxico faz mal? Esse é um questionamento muito comum entre os consumidores na hora de escolherem entre frutas, verduras e legumes orgânicos (cultivados sem o uso dessas substâncias), ou aqueles produzidos de forma tradicional.
O uso de agrotóxicos acontece para evitar que pestes, insetos ou pragas daninhas tragam prejuízos às plantações e esses produtos quími0cos podem ser de vários tipos, cada um deles voltado a combater um “invasor” das lavouras e produções.
No Brasil, a fiscalização do uso de agrotóxicos é feita por três órgãos governamentais: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Diversas pesquisas realizadas ao longo dos anos já demonstraram que os agrotóxicos oferecem riscos à saúde, principalmente para quem trabalha diretamente nas plantações, mas também para quem consome os alimentos cultivados com o uso desses produtos. Além disso, o uso de agrotóxicos traz prejuízos ao meio ambiente.
Para garantir uma alimentação mais saudável, há diversas estratégias que podem ser colocadas em prática. Desde lavar muito bem os alimentos antes de consumi-los até dar preferência aos alimentos orgânicos.
Além de serem cultivados sem o uso de agrotóxicos e de nenhum outro tipo de produto químico sintético, como adubo ou fertilizante, os alimentos orgânicos também respeitam os ciclos naturais e trazem benefícios socioeconômicos, principalmente aos pequenos agricultores.
Agrotóxicos são produtos que alteram a composição química da fauna e da flora e são usados para evitar que doenças, pragas, insetos e plantas daninhas atinjam as plantações e pastagens.
Inicialmente, os agrotóxicos surgiram na Segunda Guerra Mundial e eram usados como armas químicas. Posteriormente, passaram a ser usados na agricultura, e foi em 1960, com a chamada Revolução Verde, que o uso de agrotóxicos se intensificou.
Esse movimento foi caracterizado pela modernização da agricultura, quando máquinas, sementes transgênicas e agrotóxicos passaram a ser utilizados para aumentar a produtividade do agronegócio.
O tipo de agrotóxico varia de acordo com o grupo químico que ele pertence, com os riscos que oferece às pessoas e à natureza e com o tipo de “invasor” que ajudará a combater. Entre os principais estão:
Ao mesmo tempo em que combatem as pragas capazes de danificar as lavouras, os agrotóxicos trazem prejuízos para a saúde humana e ao meio ambiente.
No caso das pessoas, estudos já associaram o consumo de agrotóxicos a intoxicações, abortos ou malformação fetal, doenças respiratórias e até câncer. Em quem trabalha diretamente com os agrotóxicos, é comum o relato de sintomas como dor de cabeça, náusea, queimaduras na pele e até reações psicológicas como a ansiedade.
De fato, trabalhadores das lavouras e pessoas que moram perto das plantações estão entre os mais vulneráveis à contaminação pelos agrotóxicos, mas o consumidor final também é impactado pela ingestão de alimentos produzidos com o uso de agrotóxicos.
Em relação à natureza, o uso de agrotóxicos resulta na contaminação do solo e da água e no comprometimento da biodiversidade.
São três os órgãos responsáveis por fiscalizar o uso de agrotóxicos no Brasil e cada um deles se atenta a uma questão específica na utilização desses produtos.
Para avaliar os riscos que o agrotóxico pode trazer ao meio ambiente, há a fiscalização feita pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que avalia o Potencial de Periculosidade Ambiental (PPA) e realiza a Avaliação de Risco Ambiental (ARA).
Paralelamente ao IBAMA, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia os agrotóxicos do ponto de vista toxicológico, observando o nível de toxicidade para as pessoas e em quais condições ele pode ser usado com segurança.
Ela também é responsável por indicar o tipo de agrotóxico que pode ser usado em cada caso e qual a quantidade, dentro de uma margem de consumo segura para cada alimento, o que se chama de LMR (Limite Máximo de Resíduos).
O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por sua vez, é responsável por conceder o registro aos agrotóxicos, mas somente depois de ter sido liberado pelos dois outros órgãos.
Desde 2008, o Brasil ostenta o recorde mundial no consumo de agrotóxicos. Em um primeiro momento, essa posição poderia ser considerada normal tendo em vista que o nosso país é um dos maiores produtores agrícolas do mundo e possui um clima tropical, o qual resulta em uma maior incidência de invasores.
No entanto, isso se deve à utilização de agrotóxicos já proibidos em outros países e à flexibilização das leis que controlam a produção, o registro e o uso de agrotóxicos.
O último relatório divulgado pela Anvisa mostrou que quase 30% dos principais alimentos consumidos no Brasil estavam em desacordo com a legislação. Alguns apresentavam agrotóxicos acima do permitido e outros tinham resíduos de produtos não autorizados para o alimento em questão, incluindo agrotóxicos proibidos no país.
Entre os alimentos que apresentaram mais irregularidades quanto à quantidade de agrotóxicos estavam o pimentão, a cenoura, o pepino, a alface e o morango.
Algumas estratégias podem ajudar a diminuir a quantidade de agrotóxicos que levamos à mesa.
A principal recomendação é lavar muito bem os alimentos antes de consumi-los. Além da água corrente, vale higienizá-los de forma mais profunda, deixando-os de molho por 30 minutos em uma solução de 1 colher de bicarbonato de sódio para cada litro de água.
Vale também retirar a parte externa dos alimentos, seja a casca de frutas e legumes ou as primeiras folhas das hortaliças. Outra dica é priorizar os alimentos da estação, que possuem menos resíduos de agrotóxicos.
Porém, vale lembrar que muitos agrotóxicos usados nas lavouras são do tipo sistêmico, ou seja, penetram até a camada mais profunda dos alimentos. Com isso, muitos ingredientes podem estar contaminados até a polpa, fazendo com que não seja possível eliminar os agrotóxicos por completo apenas com ações de limpeza.
Por fim, é indicado desconfiar daqueles alimentos que parecem perfeitos, sem manchas, muito brilhantes e muito grandes, pois eles são um indicativo de terem recebido agrotóxicos em excesso.
Outra recomendação para quem tem o objetivo de reduzir a ingestão de agrotóxicos é optar pelos alimentos orgânicos, que são cultivados sem o uso de produtos químicos, incluindo agrotóxicos, adubos e fertilizantes químicos.
Por conta disso, os alimentos orgânicos mantêm o sabor e a textura originais e são também mais nutritivos, uma vez que as frutas, verduras e legumes produzem substâncias para se protegerem naturalmente contra as pragas, e isso resulta em mais vitaminas e minerais para os consumidores, incluindo poderosos antioxidantes.
Esses alimentos trazem benefícios também para o meio ambiente, ajudando a melhorar a vida no campo, favorecendo os pequenos produtores, e ainda contribuem para conservar o solo, evitar a poluição da água e preservar a biodiversidade.
Vale lembrar que alimentos orgânicos não incluem apenas frutas, verduras e legumes, mas também ovos, carnes e até bebidas como café e vinho.
No caso de ovos e carnes, o pasto em que os animais são criados também não recebe a aplicação de agrotóxicos. E como são criados em ambientes mais espaçosos e em melhores condições, não precisam receber antibióticos ou hormônios.
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