Publicado há 3 anos

Qual a diferença entre produtos orgânicos e não orgânicos?

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Para quem busca melhor qualidade de vida, os produtos orgânicos estão entre os primeiros da lista. No entanto, há, ainda, maior disponibilidade, no mercado, de produtos não orgânicos. Mas você sabe o que muda de um para outro? Não?! Então é exatamente este tema que vamos abordar: qual a diferença entre produtos orgânicos e não orgânicos? 

Em primeiro lugar, vem sempre aquela explicação tradicional: os produtos orgânicos, na verdade, são aqueles produzidos sem a utilização de adubos químicos e agrotóxicos.

No entanto, todos os alimentos têm compostos orgânicos.

No dia a dia, porém, falar sobre orgânicos é a mesma coisa que fazer referência a alimentos que são fabricados sem o acréscimo nem de adubos químicos, muito menos de agrotóxicos. 

No início, tínhamos a ideia de que somente a alface e as verduras eram orgânicas, já que a ideia de não usar aditivos químicos nestes alimentos vêm de longe, há um bom tempo. 

Porém, o conceito para estes dois produtos se expandiu e essa prática foi ampliada para outros alimentos como legumes e frutas e até mesmo algumas bebidas, como café e vinho. 

Hoje em dia, há até mesmo produtos orgânicos que são industrializados.

Se os produtos não orgânicos, feitos com a utilização de aditivos químicos, ainda têm um preço mais atrativo e acessível ao consumidor, por outro lado, os orgânicos costumam apresentar melhor sabor sendo, claro, mais saudáveis.

O setor de alimentos orgânicos tem crescido muito aqui no Brasil e esse tipo de produto já é tido, de forma oficial, como sendo de uma categoria específica, à parte do convencional, tendo uma regulamentação oficial tanto para a sua produção, como também para a sua certificação e comercialização.

O que são produtos orgânicos?

Apesar de seu conceito popular, na verdade, todo e qualquer alimento, independente do seu método de produção, é formado, principalmente, por substâncias orgânicas.  

Na realidade, os compostos orgânicos marcam presença em todos os seres vivos. Só para citar um exemplo, a glicose é um tipo de carboidrato produzido nas plantas clorofiladas, no processo da fotossíntese. Essa substância é justamente um composto orgânico de uma fórmula molecular.

Produtos como arroz, batata, macarrão e farinha têm fartura de carboidratos; os óleos vegetais, manteiga e gordura animal nos oferecem lipídios e por aí vai. 

Cabe recordar que a massa do nosso organismo é constituída de 60% de compostos orgânicos, em forma de lipídios, carboidratos e proteínas.

Os alimentos orgânicos são livres de agrotóxicos e de outros produtos químicos sintéticos, como adubos, fertilizantes, pesticidas e defensivos agrícolas. 

Na lavoura, os produtos orgânicos, normalmente, são cultivados com adubos naturais e, se preciso, com defensivos biológicos. 

Sua produção tem que respeitar a sazonalidade dos vegetais e todos os ciclos naturais. Além disso, os alimentos orgânicos não podem conter corantes ou mesmo conservantes sintéticos. 

Também, para serem comercializados como orgânicos, os produtos têm que ter certificação, e obter um selo, atestando o cumprimento de normas de produção. 

Há no Brasil, hoje, seis certificadoras: Ecocert, IBD, Tecpar, AAO, CMO Cert Mokiti Okada e OIA e cada vez mais os produtos orgânicos vêm caindo no gosto dos brasileiros, sendo que este mercado cresce cerca de 20% por ano no Brasil. 

Quais são os produtos orgânicos?

Para identificar os orgânicos, é fácil! Nos produtos embalados, o rótulo deve ter o selo de “orgânico”. O mesmo pode ser visto até mesmo nos saquinhos que envolvem produtos frescos, como as folhas e as frutas. 

Nos ingredientes vendidos a granel, é preciso pedir para ver o certificado do produtor

Além, é claro, dos legumes, frutas e verduras, fazem parte da lista de orgânicos, as carnes (boi, frango), ovos, laticínios, itens industrializados variados, maquiagem e outros artigos de beleza, produtos de limpeza, fora as bebidas, alcoólicas ou não.

Do mesmo modo, café, açúcar, arroz, feijão, chá, iogurte, queijo, pão, molho, biscoito, granola e palmito.

Assim como ocorre com os vegetais, as carnes e os ovos são auditados e certificados, assegurando que os animais são, de fato, criados em pasto, sem aplicação de agrotóxicos ou de fertilizantes. 

O tratamento veterinário dos animais orgânicos também é diferente: as vacinações oficiais são obrigatórias, porém os cuidados não permitem antibióticos, nem mesmo hormônios e são realizados com recursos fitoterápicos ou, então, homeopatia.

Onde comprar orgânicos? Eles são mais caros que os não orgânicos?

Há alguns mitos e inverdades a respeito dos produtos orgânicos. Uma delas é que é difícil encontrá-los. Isso não é verdade, pelo contrário. 

A busca pelos produtos orgânicos tem sido tão intensa que todos os tipos de mercados abriram espaços em suas prateleiras para vendê-los.

Também não é uma verdade absoluta que o orgânico é mais caro que o produto não orgânico: tudo depende de um comparativo de qualidade. 

E, há diversas situações em que os orgânicos são mais baratos que os produtos não orgânicos. 

No Supermercado Justo, os produtores locais têm vez e isso faz com que o custo dos nossos produtos orgânicos seja bastante equivalente.

Por último, outras duas grandes vantagens dos produtos orgânicos: eles conseguem manter o seu sabor de forma original e suas próprias características, sem grandes mudanças. 

E, da mesma forma, por estes produtos serem alimentos livres de agrotóxicos possuem menos água em sua composição. Isso ocorre porque elas não levam fertilizantes, que acabam fazendo com que a planta absorva mais água. 

Isso deixa os orgânicos menos suscetíveis à deterioração, fazendo-os menos perecíveis, durando mais que os não orgânicos. 

Pelas vantagens apresentadas, nota-se, sem dúvida alguma, que comprar e consumir os produtos orgânicos vale muito a pena!