O Dia Mundial da Saúde, celebrado em 10 de outubro, é reservado para uma grande campanha mundial de conscientização da nossa saúde mental. Um problema bastante sério, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo após a pandemia. Um dia internacional para a educação e defesa da saúde mental global e contra o estigma social.
Durante a campanha de 2021, a OMS definiu como slogan: “Saúde mental para todos: vamos torná-la realidade”, além de apresentar os esforços feitos em alguns países destacando histórias positivas para inspirar pessoas.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, uma atleta quebrou paradigmas decidindo abandonar as provas em nome da sua saúde mental “Tenho que me concentrar na minha saúde mental e não colocar em risco minha saúde e bem-estar. Temos que proteger nosso corpo e nossa mente”
Para muitos pareceu algo exagerado, mas definitivamente, Simone Biles, atleta de elite da delegação americana e favorita ao ouro, deu um grande exemplo para o mundo!
Não ter uma boa saúde mental é um problema que afeta todas as faixas etárias, ou seja, não tem idade, podendo pegar de surpresa mesmo crianças e adolescentes, além dos jovens, adultos e idosos.
Isso significa que todos, de forma geral, precisam estar cientes que esse assunto é muito importante.
No entanto, como se imagina, boa parte da população mundial não busca ações preventivas e auxílio no cuidado com eventuais transtornos mentais.
As causas, para isso, são diversas, a maioria delas ligadas ao preconceito, que leva a falta de conhecimento; vergonha; medo da rejeição da sociedade; preocupação com repressão familiar, medo de demissão no trabalho, entre outros.
É por este motivo que o Dia Mundial da Saúde Mental é ótimo para repensarmos nossa postura e, se necessário, buscarmos algum tipo de auxílio profissional.
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Como surgiu o Dia Mundial da Saúde Mental?
Há 29 anos, a World Federation of Mental Health, instituiu o Dia Mundial da Saúde Mental chamando a atenção para o fato que cuidar da saúde da nossa mente não tem ligação com etnia, nacionalidade, condição econômica ou mesmo gênero.
A partir daí, diversos avanços foram alcançados na área da psicologia e da psiquiatria, possibilitando tratamentos mais corretos e personalizados, com maior eficiência na análise de transtornos mentais.
No entanto, a popularização das informações com suporte científico sobre a saúde mental ainda não chegou em vários países.
O Brasil é um exemplo: aqui há milhares de pessoas que não assumem ter uma saúde mental ruim, mas acham, erroneamente, que têm depressão ou ansiedade.
E essa é, na verdade, outra grande meta desta data: tornar mais acessíveis à população as informações sobre o Dia Mundial da Saúde Mental.
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O que a OMS diz sobre saúde mental?
De acordo com artigo publicado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), subsede regional da OMS, a saúde mental da população, em geral, é uma das áreas mais ignoradas pelo sistema de saúde público mundial.
Isso significa que, simplesmente, milhões de pessoas ao redor do planeta não conseguem ter um tratamento correto para seus problemas mentais. Este fato ocorre porque eles acabam mascarados por sintomas como ansiedade e depressão.
Esse último problema, a depressão, para se ter uma ideia, somente no Brasil, afeta mais de 12 milhões de brasileiros.
Mundialmente, já são mais de 300 milhões de pessoas atingidas por sintomas da depressão.
Classificado como o mal do século 21, o transtorno depressivo traz vários problemas, inclusive sendo apontado como uma das maiores causas de suicídio no mundo.
Vale ressaltar que a OMS afirma que a saúde mental é um estado de bem-estar, no qual um indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos, trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir totalmente para a sua comunidade.
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Como a alimentação pode auxiliar na saúde mental?
Há muito tempo já, os médicos têm dito que o estilo de vida da maioria das pessoas, considerado como “moderno”, mas nem por isso saudável, possui a grande tendência de ocasionar danos sérios ao nosso organismo.
Isso acontece porque o sedentarismo e a ingestão em excesso de alimentos processados originam várias doenças graves.
Hoje, na medicina, o que já se sabe é que o impacto de muitas refeições feitas de modo inadequado, durante toda nossa vida, é bem maior e provoca mais danos à nossa saúde do que se imaginava.
Deste modo, homens e mulheres estão mais propensos a terem patologias crônicas e transtornos alimentares.
O que não é novo, de fato, é que o consumo de alimentos saudáveis proporciona vários benefícios para a nossa saúde. Essa é uma relação muito bem esclarecida pela ciência, há vários anos.
A população, de modo geral, vem percebendo isso cada vez mais. No entanto, também há uma relação direta entre uma boa alimentação e saúde mental.
Os fatores determinantes da nossa mente e da nossa atividade cerebral são muito complexos, mas várias pesquisas mostram evidências que a nutrição possui relação direta com a incidência de distúrbios neurológicos e psiquiátricos.
A área médica, mesmo, vem se adaptando a esses importantes dados, e certos segmentos, como a nutrologia, têm ganhado bastante espaço.
Se for levado em consideração que problemas psicológicos sérios, como depressão e ansiedade, afetam milhões de pessoas no mundo todo, e têm relação direta com aquilo que comemos, então os tratamentos que priorizam uma alimentação saudável, certamente vão ter um grande diferencial, destacando-se.